Os exames endoscópicos estão entre os exames de imagem mais requisitados pelos médicos para investigação de sintomas e doenças de várias áreas. Consiste na introdução de uma fina cânula com uma câmera de alta resolução, habitualmente pelos orifícios naturais do nosso organismo, tais como a boca e o ânus.
Na especialidade de gastroenterologia os principais exames endoscópicos são a Endoscopia Digestiva Alta e a Colonoscopia. Existem outros exames endoscópicos em nossa especialidade com a finalidade de examinar o intestino delgado (Enteroscopia) e até mesmo lesões mais profundas do próprio sistema digestivo ou localizadas em sua proximidade, tal como o Ultrassom Endoscópico.
A endoscopia digestiva alta é realizada por via oral, sendo exame de rotina seguro, muitas vezes de caráter preventivo, capaz de diagnosticar inúmeras doenças do aparelho digestivo , até mesmo cânceres em estágio inicial.
O exame permite visualizar o esôfago, o estômago e o duodeno, que é o início do intestino delgado. Muitas lesões são, inclusive, tratadas ou removidas na hora, evitando cirurgias.
Consiste na passagem através da boca de um tubo fino e flexível, o gastroscópio, que carrega em sua ponta uma câmera de altíssima resolução, permitindo ver detalhes da superfície interna dos órgão digestivos (a mucosa). O médico observa em tempo real as imagens que são reproduzidas em um monitor, havendo possibilidade de documentação fotográfica. O exame é realizado sob sedação leve para maior conforto.
É preciso fazer uma dieta leve na véspera, sem comer alimentos de difícil digestão, como carne vermelha. O jejum para alimentos sólidos é de oito horas; líquidos, de três a quatro horas. O estômago precisa estar completamente vazio, do contrário não será possível visualizar os órgãos. E o mais importante: se o jejum não for respeitado, o paciente corre o risco de aspirar o conteúdo do estômago para o pulmão e ter complicações.
A colonoscopia é um exame que permite a visualização do interior do intestino grosso (reto e cólon) e parte final intestino delgado (íleo terminal) através de um endoscópio – um tipo de tubo flexível com uma minicâmera acoplada.
O exame só é realizado depois de um minucioso preparo (limpeza) do cólon, que inclui uso de laxantes e grande ingestão de água. Durante o exame, o colonoscópio é introduzido pelo ânus do paciente depois de leve sedação. Geralmente, esse exame não provoca dores e é realizado em ambulatório, sem necessidade de internação. Ele dura de 20 a 30 minutos, aproximadamente.
Se você está próximo dos 50 anos de idade e nunca fez uma colonoscopia, procure um médico, pois este pode ser o momento certo para realizar esse importante exame. Além de detectar sangramentos e inflamações no intestino, como a diverticulite, a colonoscopia é uma ferramenta poderosa contra o câncer de intestino.
Uma grande pesquisa publicada em 2013 na revista científica New England Journal of Medicine, e até hoje referência no assunto, mostrou que o exame de colonoscopia ajuda a reduzir em até 56% o risco de morte por câncer de intestino.
Também conhecido como ecoendoscopia é um exame que combina ultrassonografia e endoscopia, possibilitando a análise das paredes do esôfago, estômago, duodeno, reto e demais estruturas adjacentes ao tubo digestivo.
O exame de endoscopia convencional possibilita apenas a avaliação da camada mais interna dos órgãos digestivos, a mucosa. Com a ecoendoscopia, que na prática é um ultrassom realizado internamente, é possível observar as camadas mais profundas do tubo digestivo e até estruturas que se encontram por fora. Desta forma é um importante exame para avaliar lesões do pâncreas, da vesícula e diversos tipos de tumores digestivos, benignos ou malignos, contribuindo no diagnóstico e estadiamento. Também é possível coletar material das lesões mais profundas (Ecoendoscopia com Punção), possibilitando diagnóstico histopatológico das mesmas.
A manometria esofágica é um exame que permite ao médico avaliar a função do esôfago (órgão do aparelho digestivo que faz o transporte dos alimentos da boca ao estômago).
É o exame padrão ouro para o estudo do peristaltismo (movimentos coordenados que permitem a progressão do bolo alimentar) e das alterações da motilidade do esôfago. É usado ainda, para avaliação de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Fornece dados objetivos (em gráficos e mensurações) sobre o peristaltismo, o Esfíncter Inferior do Esôfago (E.I.E.) e o Esfíncter Superior do Esôfago (E.S.E).
Quais as principais indicações para se realizar a manometria esofágica?
Estabelecer o diagnóstico em casos de suspeita de acalasia ou espasmo esofagiano difuso;
Detectar alterações motoras do esôfago associadas a doenças sistêmicas quando a sua detecção contribuir para estabelecer o diagnóstico de doença multi-sistêmica ou outros aspectos do estadiamento e tratamento da mesma;
Determinar a localização exata do posicionamento da sonda de pHmetria de 24h;
Avaliação pré-operatória da função peristáltica em pacientes nos quais se considera a possibilidade de cirurgia anti-refluxo, indicando o tipo de fundoplicatura baseada na análise da amplitude e peristaltismo das ondas, e no pós-operatório para efeito de análise da eficácia cirúrgica.
Confirmar o diagnóstico de condições associadas ou preditivas de complicações de Doença do Refluxo Gastro Esofágico (como E.I.E hipotônico);
A pHmetria do esôfago (esofágica) é um exame que permite ao médico avaliar o refluxo (retorno) de material ácido contido no estômago para o esôfago num período aproximado de 24 horas, sendo no momento o padrão ouro para o estudo do Refluxo Gastro-Esofágico – RGE.
O exame é realizado com a colocação de uma sonda de fino calibre colocada em uma das narinas sendo esta conectada a um gravador portátil. Permite a avaliação de refluxo ácido fisiológico (normal) e patológico (alterado);
Além de correlacionar os eventos cotidianos como alimentação, sono, posturas (em pé, deitado) e sintomas relatados (pirose, regurgitação, tosse, pigarro, dor torácica entre outros) com os episódios de RGE.
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